O papel da figura paterna passou e está passando por mudanças significativas em nossa sociedade, sobretudo nas últimas décadas.
Antigamente, o papel do pai era apenas o de provedor dos filhos; ora, resta claro que isso os deixava muito mais distantes na constelação familiar.
Mas, felizmente, os tempos mudaram e agora os pais podem ser mais presentes na vida de seus filhos.
Com o passar dos anos, o pai foi se tornando cada vez mais participativo na vida das crianças, atuando em sua educação e formação. Esse “novo pai” divide com a mãe as responsabilidades nas atividades diárias da criança: vai às reuniões da escola, leva ao médico e ao dentista, participa das atividades extraescolares, brinca com os pequenos, entre outras tarefas antes inimagináveis.
Sem dúvida, essas mudanças foram benéficas para a família, levando-se em conta que o pai tem grande importância na estruturação psíquica e no desenvolvimento social e cognitivo da criança. Quando se pensa em um bom desenvolvimento socioemocional da criança, sob vários níveis e circunstâncias, pode-se considerar que a presença do pai na vida de um filho é tão fundamental quanto a presença da mãe.
A educação, para ser equilibrada, necessita dos dois progenitores. A presença paterna na família é diferente e complementar à materna. A falta de um modelo na educação, masculino ou feminino, implica quase sempre um desequilíbrio na educação do filho.
Ocorre que alguns homens ainda estão perdidos e sentem dificuldades em assimilar essa nova configuração familiar.
Então, aqui vão algumas dicas aos pais, para ajuda-los nessa nova missão:
· Passe tempo com seus filhos: para criar vínculos com seus filhos, você tem que se aproximar, a relação pai x filho é criada no dia a dia, o relacionamento é construído no cotidiano. Você deve criar conexão com seus filhos; quanto mais presente, maior a conexão. Crie oportunidades, tenha momentos de intimidades. Nos finais de semana, procure se dedicar à família; se são crianças, tenha momentos de brincadeira; se são adultos, procure um momento para sentar-se com eles e conversar. Verá que isso irá fortalecer o vínculo.
· Mostre interesse! Eu sei que quando chega em casa do trabalho está cansado e gostaria de apenas relaxar, mas use esse momento para se aproximar dos seus filhos, seja curioso em tudo que os envolve, converse, pergunte sobre como foi o dia na escola, o que aconteceu de interessante… e o que conta não é tanto a quantidade do tempo dispensando e, sim, a qualidade desse tempo.
· Seja afetivo: não tenha medo de demonstrar afeto: faça carinho, pegue no colo, abrace, beije, não tenha medo de dizer eu te amo.
· Esteja presente: Os filhos procuram um modelo com quem possam se identificar. Se o pai está ausente, outros modelos virão ocupar esse vazio, com grande probabilidade de não serem modelos propriamente exemplares. Passe seus valores. Seja você um exemplo, lembre-se de que a criança está atenta a tudo o que você faz, lembre-se de que qualquer coisa que você faça pode virar um modelo para seu filho. Ele irá fazer e o que vê você fazendo e não o que você diz.
Se os pais são separados, na medida do possível, devem deixar as desavenças de lado e conversarem sobre a educação das crianças. Isso dará aos filhos um modelo de crescimento saudável e harmonioso.
Vale ressaltar aqui que a figura paterna pode ser representada por um tio, um avô ou outro adulto do sexo masculino que participe da vida da criança e que tenha um vínculo satisfatório com ela.