Estamos vivendo a pandemia do COVID19. Tem sido quase inevitável não sentir algum medo. Basta dar uma olhada nas suas redes sociais, para ver como as notícias estão sendo compartilhadas a todo segundo, causando uma sensação de insegurança em todos nós.
Nosso corpo parece ter sido programado para nos ajudar a lidar com todo tipo de perigo. O medo dispara no cérebro da gente um “sinal de alerta”. O medo, em certa medida, é necessário para a proteção do ser humano diante dos perigos da vida. E é o medo que nos faz buscar informações e tomarmos os cuidados necessários para evitar a propagação do COVID19.
Podemos nos proteger buscando informações em fontes confiáveis. Devemos nos manter receptivos às informações e seguir as recomendações dos especialistas. Não sabemos ainda o que acontecerá nos próximos dias, a situação é nova para todo mundo, por isso O COVID-19 nos obriga a estar conscientes das informações.
Cabe a nós continuar com os nossos hábitos cotidianos e seguir os conselhos básicos de higiene e prevenção recomendados pelas autoridades de saúde. Você deve tentar levar uma vida normal dentro do possível! Nada de exageros! Use o bom senso!
LEMBRE-SE:
Toda crise pode ser resolvida, se agirmos sem pânico e de maneira conjunta e coordenada.
Em algumas pessoas, já propensas a quadros de ansiedade, o medo que pode chegar até o nível do pânico. Aí é preciso ficar alerta!
Uma reação ansiosa exagerada pode fazer com que o Sistema Nervoso Central tome por situações de risco estímulos inofensivos do dia a dia. Por exemplo, tem gente se apavorando até quando alguém espirra.
Em meio a todo esse contexto, não há melhor remédio do que seguir algumas dicas para lidar com o pânico causado pelo coronavírus.
Sinais de alerta ⚠
Se você:
- Estiver sentindo ansiedade ou medo excessivo de ser contaminado
- Não parar de pensar em doenças e infecções
- Precisar estar se informando o dia todo sobre a situação, não conseguindo se interessar por outros assuntos
- Sentir que o medo já interferiu nas suas atividades cotidianas e você parece paralisado.
- Estiver em alerta, prestando atenção nas sensações corporais e interpretando-as como sintomas de doença
- Estiver excessivamente preocupado com a saúde dos seus familiares
É hora de procurar ajuda, pois está atingindo limites inapropriados para a situação.
O que fazer se estiver excessivamente preocupado em ser contaminado?
- Procure evidências da realidade e dados confiáveis. Pense: Há evidências de que eu esteja contaminado? Preciso de ajuda médica?
- Procure identificar os pensamentos que podem estar causando esse desconforto. Pensar constantemente sobre a doença pode causar o aparecimento de sintomas que aumentam o seu sofrimento emocional. Informe-se o necessário para se manter atualizado, mas procure dedicar o seu tempo a atividades que o relaxem ou distraiam, algo que seja do seu interesse.
- Busque apoio psicológico, se necessário. O medo e a ansiedade andam juntos, pois sempre que há o medo há a ansiedade, seja em sinais físicos, seja nos psíquicos. Deve-se procurar ajuda quando o medo e a sua companheira inseparável -a ansiedade- estiverem atrapalhando a vida da pessoa.
Abnéia Brocanelli
Psicóloga Especialista em Psicologia Clínica
CRP 06/43683-1